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MEMÓRIAS
- Renata Pignaton

- 15 de jun. de 2024
- 1 min de leitura
Memórias, um fantasma na garrafa.
Paredes brancas pintadas com graça.
Terrenos baldios de revolvidas camadas.
Sons difusos,
imagens mudas,
toques que perturbam,
cheiros que pegam na cara.
Poços de fundos infindos.
Minas de ouro de lata.
Corações espremidos de ar.
A dor que vem logo passa.
Passado no presente,
que pelos dedos escapa.
Sonhos trazem à tona
o que não se lembra
o que não se relembra.
Saem escondidos à noite,
quando os guardas cansados
descansam do trabalho diário.
Horários espremidos entre momentos.
Morte, nascimento.
A memória viva laça a mente
com a graça de seus tormentos
disfarces de ópio, heroína
ganha disputados minutos
com os fantasmas sobreviventes.
CALEIDOSCÓPIO 1998
CAPÍTULO: PEQUENAS FACES






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