
A Colheita Do Alimento Primitivo
Harvest in Provence, 1888
A fome, sentimento sentido no estômago, nas vísceras
Quando Olho para o milho comida primitiva, primária,
Alimento que põe a mesa de pobres e ricos, do povo,
Encontro as minhas raízes fincadas num chão que procria
No excesso de fome me perco, quero devorar o Mundo
a carne é fraca, o vazio é grande, o pensamento confuso
As virtudes são esquecidas, na sobrevivência do dia a dia
Sou como o milho que como: forte e resistente, que vinga
Sou o alimento fértil da terra da sagrada mãe: a Natureza
A fome, faz a minha mente perder seus pensamentos.
No jejum, o meu fraco corpo devora a sua própria carne,
Então, um vazio no dentro e no fora, se apodera de mim,
uma ausência me faz perceber que estou fincado no chão,
Viro uma onisciência, um algo sagrado, sou Deus e o Diabo
Sou o meu próprio templo, o sim e o não, sou o início e o fim.

A arte de Conversar
para Vincent Van Gogh
Renata Pignaton publica poemas inspirados nos quadros de Vincent Van Gogh. Cada poema da coleção, que será divulgada aos poucos, é uma interpretação única das obras que mais a inspiraram, como "Noite Estrelada", "A Colheita", "Autorretrato" entre outras. "Van Gogh sempre foi uma inspiração para mim. Esta coleção de poemas é minha maneira de homenagear sua arte e de compartilhar minha interpretação através da poesia.






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