
As Árvores Contorcidas Parecem Ter Faces
Campos abaixo dos Alpiles, 1887
Faço Portraits da Natureza, descrevendo-a
Ela tem vários rostos, que eu, sozinho, vejo
Seus semblantes, inúmeros, aparecem nus
Seus reflexos, na água, no céu, nas nuvens
Revelam-se sobre os meus olhos vorazes
Já eu, não tenho um reflexo, uma face real
Tenho faces imaginárias, escondidas, ocultas
Ninguém me vê, ninguém sabe quem eu sou
Quem sou eu? Qual é o meu semblante?
Talvez algum dia, alguém irá me descrever.
Algum dia, serei observado e passarei a existir
Aos olhos de alguém real que me dê uma face.

A arte de Conversar
para Vincent Van Gogh
Renata Pignaton publica poemas inspirados nos quadros de Vincent Van Gogh. Cada poema da coleção, que será divulgada aos poucos, é uma interpretação única das obras que mais a inspiraram, como "Noite Estrelada", "A Colheita", "Autorretrato" entre outras. "Van Gogh sempre foi uma inspiração para mim. Esta coleção de poemas é minha maneira de homenagear sua arte e de compartilhar minha interpretação através da poesia.






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